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EUA não devem reabrir missão palestina em Jerusalém, afirma oficial israelense

Bandeira dos Estados Unidos no complexo do consulado americano em Jerusalém ocupada, 24 de fevereiro de 2018 [AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images]

O governo dos Estados Unidos de Joe Biden engavetou planos para reabrir sua missão diplomática destinada ao contato com representantes palestinos na cidade de Jerusalém ocupada, segundo informações obtidas pela agência Reuters.

O consulado em Jerusalém foi rebaixado e integrado à embaixada em Tel Aviv, em 2018, quando o ex-presidente Donald Trump acelerou uma série de recuos sobre a questão palestina, incitando forte repúdio da população nativa e saudações israelenses.

Em outubro, o Secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken voltou a prometer a reabertura da missão diplomática, como parte dos esforços para restaurar laços com a Autoridade Palestina; contudo, não concedeu um cronograma.

“Creio que temos uma boa razão para que isso não ocorra”, declarou o vice-chanceler Idan Roll em entrevista à emissora de televisão local Ynet News. “Os americanos compreendem a complexidade política sobre a questão”.

LEIA: Israel aprova milhares de assentamentos ilegais em Jerusalém Oriental

Acrescentou:

Temos ótimas relações … Não queremos surpreendê-los e penso que não querem nos surpreender também.

A embaixada americana não comentou o caso até então.

Israel considera Jerusalém como sua “capital eterna e indivisível” e nega consentir com a reabertura do consulado palestino. A população árabe nativa, por sua vez, reivindica a porção oriental da cidade como capital de seu futuro estado.

Reabrir o consulado pode ainda enfraquecer o premiê ultranacionalista Naftali Bennett e prejudicar sua frágil coalizão suprapartidária de governo, argumentam oficiais.

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