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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ataque contra imprensa em Gaza foi ‘gol contra’ de Israel, afirma ex-general

Trabalhadores palestinos recolhem os destroços da torre al-Jalaa, na Cidade de Gaza, 22 de junho de 2021 [MOHAMMED ABED/AFP/Getty Images]

Neste domingo (24), o ex-general israelense Nitzan Alon descreveu o ataque a bomba executado por forças da ocupação contra a torre al-Jalaa, que abrigava escritórios da imprensa internacional, na Faixa de Gaza sitiada, como um “gol contra” de Israel.

Durante sua ofensiva de larga escala contra Gaza em maio, Israel bombardeou diversos edifícios em Gaza, incluindo a torre al-Jalaa, de 12 andares, que abrigava escritórios da Al Jazeera e Associated Press (AP), além de apartamentos residenciais.

Alon, que conduziu um dos inquéritos do exército israelense sobre a ofensiva, comentou a questão durante um evento no Instituto de Estudos de Segurança Nacional.

“A demolição da torre onde ficavam escritórios da AP equivale a um ataque terrorista de relações públicas, um verdadeiro gol contra”, afirmou Alon, segundo o jornal The Jerusalem Post. “O benefício militar não compensa o dano político ou à imagem [de Israel]”.

Prosseguiu:

Foi um gol contra para nós e nem todos nas Forças Armadas aceitam isso, mas estou convencido que foi um erro. A conquista operacional não é integralmente proporcional ao dano de relações públicas então criado; porém, mesmo nisso, há algo a se aprender.

Alon também observou que o exército israelense falhou em sua missão de incitar os residentes de Gaza contra o movimento Hamas, que governa efetivamente o território sitiado.

“Penso que continuamos fracos em nossa capacidade de influenciar a opinião pública em Gaza, durante os combates, a fim de causar pressão à liderança do Hamas”, acrescentou.

Segundo o Jerusalem Post, o ataque aéreo contra o edifício foi um “ponto de virada” na abordagem do governo dos Estados Unidos de Joe Biden sobre a ofensiva israelense, levando a reprimendas da Casa Branca e do Departamento de Estado.

Forças da ocupação bombardearam a torre al-Jalaa, ao alegar que abrigava escritórios do Hamas; contudo, nenhuma evidência foi concedida até então.

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