O governo de ocupação israelense abriu licitações para a construção de 1.355 novas unidades nos assentamentos ilegais somente de judeus na Cisjordânia ocupada, noticiou ontem a mídia local.
Antes, 1.300 unidades de assentamentos já haviam sido aprovadas para construção pelos diferentes órgãos governamentais no estado de ocupação, sendo o primeiro anúncio deste tipo desde que o presidente americano Joe Biden tomou posse.
“Tal como prometemos, estamos agora seguindo adiante”, disse ontem o Ministro da Construção e Habitação Ze’ev Elkin. “O fortalecimento e ampliação dos assentamentos na Judéia e Samaria é uma parte necessária e muito importante do empreendimento sionista”, acrescentou ele usando o nome israelense para a Cisjordânia ocupada. Elkin disse que ele deu as boas-vindas ao avanço da construção “após um longo período de estagnação na construção”.
O plano afirmava que 729 unidades serão construídas no assentamento de Ariel, 324 no assentamento de Beit El, 102 no assentamento de Elkana, e o restante será construído nos assentamentos de Geva Binyamin, Immanuel, Karnei Shomron e Betar Illit. Todos os assentamentos são ilegais sob o direito internacional.
De acordo com a mídia israelense, o orçamento do plano será de 224 milhões de shekels (quase US$ 70 milhões).
O ministério de Elkin também disse que planeja duplicar a população dos colonos, que atualmente é de cerca de 6.400 colonos, no Vale do Jordão até 2026, e que eles anunciarão 1.500 unidades habitacionais na área, informou Haaretz.
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Enquanto isso, um comitê da Administração Civil de Israel na Cisjordânia se reunirá na quarta-feira para possivelmente aprovar planos para cerca de 3.100 unidades de assentamento também na Cisjordânia ocupada.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse que seu país está “preocupado” com a mudança, acrescentando que é ” crucial que Israel e a Autoridade Palestina se abstenham de medidas unilaterais que exacerbem a tensão e reduzam os esforços para avançar uma solução negociada de dois Estados”.