Relatos de que a embaixadora holandesa na Turquia foi expulsa do país são supostamente falsos, em meio a uma crise diplomática entre o governo turco e estados ocidentais.
Na última segunda-feira (18), dez embaixadores emitiram uma carta conjunta reivindicando a soltura de Osman Kavala, empresário e ativista detido na Turquia.
Ao exortar “rápida e justa solução do caso”, os representantes ocidentais condenaram a protelação de julgamento de Kavala, ao descrever sua prisão como “uma sombra imposta à democracia, ao estado de direito e à transparência do judiciário turco”.
O regime turco de Recep Tayyip Erdogan respondeu com indignação.
No Twitter, o vice-presidente Fuat Oktay enfatizou: “O judiciário na Turquia é independente e a Turquia é uma nação absolutamente independente. Aqueles que desejam tanto intervir na justiça podem continuar a fazê-lo em seu próprio país”.
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Os embaixadores em questão foram convocados então para uma reprimenda; em seguida, a presidência turca decidiu declará-los “persona non grata”.
Neste contexto, relatos surgiram de que a representante da Holanda, Marjanne de Kwaasteniet, também foi deportada — sobretudo após reportagem do jornal alemão Bild.
Não obstante, oficiais do Ministério de Relações Exteriores da Turquia negaram os rumores: “As notícias [sobre de Kwaasteniet] não refletem a verdade”.
Ainda assim, nove embaixadores estrangeiros — dos Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Nova Zelândia, Noruega e Suécia — devem ser expulsos da Turquia em breve, conforme ordens do presidente Erdogan.