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Estudiosos muçulmanos condenam Israel por demolir cemitério histórico em Jerusalém

Forças israelenses montam guarda em local de obras de um novo parque próximo ao muro ocidental da Mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém ocupada, 25 de outubro de 2021 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu via Getty Images]

A Associação de Estudiosos Muçulmanos da Palestina condenou Israel nesta segunda-feira (25) por demolir estruturas e túmulos no cemitério islâmico de al-Yusufiye, na Cidade Velha de Jerusalém ocupada, segundo informações da agência Anadolu.

Em nota, a entidade denunciou que as autoridades israelenses não respeitaram os sentimentos dos cidadãos muçulmanos, ao “judaizar” sepulturas e escalar tensões sobre a ocupação.

A associação exortou então estudiosos muçulmanos no mundo árabe e além a intensificar esforços para conscientizar a todos sobre a política de “judaização” da cidade sagrada.

LEIA: Israel continua destruindo túmulos palestinos em Jerusalém Oriental

Ainda na segunda-feira, autoridades da prefeitura israelense de Jerusalém retomaram a demolição e o nivelamento do cemitério de al-Yusufiye, a despeito de protestos de residentes palestinos que possuem parentes enterrados no local.

Mustafa Abu Zahra, chefe do Comitê de Preservação dos Cemitérios Islâmicos de Jerusalém, reportou à Anadolu que equipes municipais devastaram parte das terras. Segundo seu relato, as autoridades israelenses pretendem converter a área em “jardins bíblicos”.

Al-Yusufiye, situado perto do muro que cerca a Cidade Velha, é um dos mais antigos cemitérios islâmicos da região. Tanto Cisjordânia quanto Jerusalém Oriental são consideradas áreas ocupadas segundo a lei internacional — tais demolições são, portanto, ilegais.

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