Irã alerta Israel sobre represálias em caso de ataque a instalações nucleares

Neste domingo (24), Teerã alertou Tel Aviv sobre represálias em caso de ataque israelense a instalações da república islâmica, ao passo que tensões aumentam sobre o suposto desenvolvimento iraniano de armas nucleares e o colapso das negociações internacionais.

No Twitter, afirmou o general iraniano Ali Shamkhani, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional: “Ao invés de alocar US$1.5 bilhão para atrocidades contra Teerã, o regime sionista deveria concentrar-se em reunir os milhares de bilhões de dólares necessários para reparar os danos deixados por nossa resposta aterradora”.

Na última semana, Israel aprovou um fundo de US$1.5 bilhão destinado a preparar-se para um eventual ataque contra o Irã. Segundo relatos, o orçamento inclui aeronaves, drones de inteligência e armas adaptadas para atingir instalações nucleares subterrâneas.

Shamkhani não concedeu detalhes sobre a resposta exata de Teerã. Seu país, no entanto, possui diversos mísseis balísticos e de cruzeiro, supostamente capazes de chegar a Israel.

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O Irã também tem aptidão para conduzir ataques cibernéticos, como visto em supostos atentados contra websites, ferrovias e hospitais israelenses, desde o último ano. Especialistas advertem para o risco de tais ataques à economia israelense.

Nos últimos meses, alertas sobre um ataque direto de Israel contra instalações iranianas tornaram-se cada vez mais frequentes, à medida que as negociações com os Estados Unidos para restaurar o acordo nuclear mostraram-se infrutíferas, até então.

Em meio ao impasse, rumores sugerem que a Casa Branca busca outras alternativas. Segundo informações, o Secretário de Estado Antony Blinken assegurou ao chanceler israelense Yair Lapid, ainda este mês, que “todas as opções continuam sobre a mesa”.

Na última semana, o Ministro das Finanças de Israel Avigdor Lieberman juntou-se ao coro que prenuncia um conflito inevitável com a república islâmica, ao prescrever um “ataque preventivo” como melhor maneira de dissuadir Teerã de sua pesquisa nuclear.

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