Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, não é popular entre a família real, embora desfrute de prestígio entre a juventude do país, afirmou ontem (25) Michael Morell, ex-vice-diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).
Os jovens abrangem cerca de 70% da população saudita.
Em entrevista ao programa “60 Minutes”, exibido pela rede CBS, Morell argumentou que Saad Al-Jabri, ex-agente da inteligência saudita e agora dissidente, “salvou a vida de muitos americanos”, ao longo de seu trabalho para combater o terrorismo.
“Sou um grande fã de Al-Jabri”, declarou o ex-oficial da inteligência americana, ao descrevê-lo como “brilhante e incrivelmente leal a seu país”.
Questionado se Washington possuía alguma responsabilidade sobre a segurança de Al-Jabri, Morell enfatizou que a CIA lhe deve “muito”.
“Sinto alguma obrigação junto ao dr. Saad? Sim”, respondeu. “Todos na CIA sentem. Se o país vai fazer alguma coisa ou não, daí não sei. É uma pergunta difícil”.
Al-Jabri foi conselheiro de segurança de Mohammed Bin Nayef, ex-príncipe herdeiro da Arábia Saudita, antes de fugir ao Canadá em 2017. Era considerado aliado dos serviços de inteligência e das forças de contraterrorismo dos Estados Unidos.
Seus filhos, Omar e Sarah, foram presos por Bin Salman a fim de atraí-lo de volta ao reino.
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