Trabalhadores da estatal de petróleo protestam contra o golpe no Sudão

Nesta quarta-feira (27), trabalhadores da companhia estatal Sudapet, responsável pela produção de petróleo no Sudão, confirmaram juntar-se aos protestos contra a deposição do governo e o golpe militar, segundo informações da agência Reuters.

Um vasto movimento de desobediência civil foi convocado por sindicatos sudaneses. Profissionais de saúde também anunciaram greve.

Um grupo de comitês em Cartum divulgou uma agenda de barricadas nas ruas e atos públicos, incluindo uma “marcha de milhões” no próximo sábado (30).

“Juntamo-nos agora à desobediência civil, endossando o apoio popular à transição democrática, até que essa demanda seja respeitada”, afirmaram os trabalhadores da Sudapet, em nota publicada pela Associação dos Profissionais Sudaneses.

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A federação sindical de medicina também juntou-se aos protestos: “Como prometemos previamente, entraremos em greve geral em todo o Sudão, na ocasião do golpe; mantemos em absoluto nossa palavra e nosso cronograma”.

O chefe do exército sudanês defendeu ontem (26) a tomada do poder — via “estado de emergência” — como pretexto para evitar uma suposta guerra civil. Enquanto isso, manifestantes tomaram as ruas para rechaçar o golpe de estado.

O golpe deflagrado na segunda-feira (25) suspendeu a transição do país à democracia, dois anos após um levante popular incorrer na queda do longevo ditador Omar al-Bashir.

Na noite desta terça-feira, a imprensa local divulgou relatos de ataques de soldados contra manifestantes na capital Cartum e outras cidades. De acordo com as informações, tiros foram disparados e tropas avançaram contra as barricadas.

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