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União Africana suspende Sudão após golpe militar

Moussa Faki Mahamat (à esquerda), comissário da União Africana, e Abdalla Hamdok (centro), premiê do Sudão, durante sessão de encerramento da 33ª cúpula de líderes da União Africana, em Addis Ababa, Etiópia, 10 de fevereiro de 2020 [Minasse Wondimu Hailu/Agência Anadolu]

Nesta quarta-feira (27), a União Africana suspendeu o Sudão de todas as suas atividades, segundo informações da agência Anadolu.

A decisão permanecerá em vigor até ser restabelecido o governo transicional sudanês, formado há mais de dois anos, após a queda do longevo ditador Omar al-Bashir.

Em nota, o Conselho de Segurança, Paz e Assuntos Políticos da União Africana (PAPS) demandou a restituição do governo de transição, que reunia representantes civis e militares.

Ao acolher a soltura do primeiro-ministro Abdalla Hamdok, a entidade africana instou, no entanto, o exército liderado por Abdel Fattah al-Burhan a libertar outros membros do gabinete e oficiais civis, detidos desde a tomada do poder.

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Na segunda-feira (25), o exército sudanês anunciou “estado de emergência”, ao dissolver o governo e o Conselho Soberano, horas após prender Hamdok e ministros civis.

Chocados pela investida militar, a Organização das Nações Unidas (ONU) e diversos países prontamente pleitearam o retorno do Sudão à sua transição democrática, que culminaria em eleições nacionais, previstas para julho de 2023.

Após uma suposta tentativa frustrada de golpe de estado, em setembro último, tensões escalaram entre os componentes civis e militares da administração pública na capital Cartum, em meio a recentes manifestações rivais.

Antes do golpe, o Sudão era governado por um Conselho Soberano, incumbido de gerir a transição democrática, como parte de um frágil pacto de compartilhamento de poder entre o exército e a coalizão popular Forças por Liberdade e Mudança.

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