O Presidente do Líbano Michel Aoun recorreu ao embaixador russo Alexander Rudakov, pela concessão de imagens de satélite datadas de 4 de agosto de 2020, quando uma enorme explosão devastou o porto de Beirute e destruiu grande parte da capital.
As informações são da agência Reuters.
الرئيس عون طلب رسمياً من السفير الروسي ابلاغ بلاده رغبة لبنان في الحصول على صور الأقمار الصناعية العائدة ليوم الانفجار الذي وقع في مرفأ بيروت
— Lebanese Presidency (@LBpresidency) October 29, 2021
O pedido foi confirmado pela presidência libanesa no Twitter, nesta sexta-feira (29).
A explosão matou ao menos 215 pessoas, feriu milhares e deixou centenas de milhares desabrigados, após a catástrofe causada pelo armazenamento indevido de toneladas de nitrato de amônio na região portuária. Indícios apontam negligência das autoridades.
Não obstante, o julgamento sobre o caso foi reiteradamente protelado sob pressão política e pela recusa de oficiais de concederem seu depoimento.
Nesta semana, o juiz responsável Tarek Bitar suspendeu o depoimento do ex-premiê Hassan Diab, um dia após o ex-chefe de governo registrar um processo contra o inquérito.
Bitar foi notificado oficialmente, sob alegações de que não possui autoridade para interrogar o ex-primeiro-ministro; foi obrigado, portanto, a suspender a sessão. “O adiamento refere-se apenas a Diab, neste caso”, reafirmou uma fonte à Reuters.
Desde julho, o inquérito tenta questionar políticos de alto escalão, incluindo ex-ministros e parlamentares. Contudo, quase todos declinaram colaboração; alguns recorreram ao judiciário contra o processo, ao acusá-lo de enviesamento.
No passado, Bitar chegou até mesmo a emitir mandados de prisão contra ministros que se recusaram a comparecer às suas respectivas sessões.
LEIA: Premiê libanês assina decreto para revogar imunidade sobre explosão em Beirute