O número de mortos deixados por um carro-bomba que explodiu perto do aeroporto de Aden, sul do Iêmen, chegou a doze pessoas, confirmou neste domingo (31) Moammar al-Eryani, ministro responsável pela comunicação do governo reconhecido internacionalmente.
“Condenamos nos mais veementes termos o ataque terrorista conduzido por um veículo repleto de explosivos perto do aeroporto de Aden”, afirmou o ministro em nota.
Segundo as informações oficiais, o atentado busca prejudicar os esforços do governo para restaurar a segurança e estabilidade na cidade portuária.
“Tais ataques servem apenas à milícia terrorista houthi”, insistiu al-Eryani.
No entanto, nenhum grupo reivindicou responsabilidade pelo ataque, até então.
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Segundo a agência de notícias Saba, o premiê iemenita Maeen Abdulmalik Saeed ordenou uma investigação sobre o atentado. Apesar da explosão, os voos não foram interrompidos.
Aden, capital provisória do Iêmen, vive ofensivas regulares contra o governo.
O Iêmen é assolado por violência e caos desde 2014, quando rebeldes houthis — ligados ao Irã — tomaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. A crise escalou no ano seguinte, quando uma coalizão saudita interveio para restaurar o governo aliado.
Cerca de 233 mil pessoas foram mortas; quase 30 milhões de pessoas (80% da população) dependem de assistência humanitária para sobreviver; e mais de 13 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar, segundo estimativas das Nações Unidas.