Banners foram levantados na capital do Iêmen, Sana’a, expressando solidariedade ao ministro libanês que criticou a guerra em curso da coalizão saudita contra o Iêmen. A condenação levou os sauditas e três outros estados do Golfo a chamar de volta seus embaixadores para Beirute e proibir as importações libanesas para o reino.
Imagens têm circulado nas redes sociais mostrando banners em exibição em Sana’a, que está sob o controle do Governo de Salvação Nacional (NSG, na sigla em inglês) liderado pelo grupo Houthi, incluindo um exibido na Airport Road na capital com a hashtag árabe: “Sim, George, a guerra do Iêmen é um absurdo”. A hashtag também foi usada pelo porta-voz do movimento Houthi, Mohammed Abdulsalam, e por ativistas iemenitas.
A crise diplomática surgiu depois que imagens de agosto mostraram comentários feitos pelo ministro da Informação, George Kurdahi, que classificou o conflito como “fútil” e disse que as forças armadas aliadas aos houthis estavam agindo em “autodefesa” contra a agressão saudita. Horas depois, na sexta-feira, Riyadh expulsou seu embaixador libanês junto com Bahrein, com Kuwait e os Emirados Árabes seguindo o exemplo em uma demonstração de solidariedade.
Kurdahi, uma ex-estrela de TV mais conhecida por apresentar a versão árabe de ‘Quem Quer Ser Milionário?’ se recusou, desde então, a renunciar, apesar dos apelos de três ex-primeiros-ministros, e disse que seus comentários eram opiniões pessoais feitas antes de ser nomeado ministro. “Minha renúncia está fora de questão”, disse ele ao canal de TV libanês Al-Jadeed ontem.
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