Hoje, em Glasgow, Escócia, o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, salientou, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), que os assentamentos coloniais de Israel e seus resíduos são os perigos ambientais mais significativos da Palestina.
“Na COP26, afirmamos nosso compromisso de contribuir para a ação coletiva internacional para combater a mudança climática. Apesar da destruição sistemática do ambiente palestino por Israel, a Palestina busca medidas para apoiar a adaptação à mudança climática, de acordo com seu Plano Nacional de Desenvolvimento”, escreveu Shtayyeh no Twitter.
In #COP26, we affirmed our commitment to contribute to int'l collective action to combat climate change. Despite Israel's systematic destruction of Palestinian environment, Palestine pursues measures to support climate change adaptation in line with its National Development Plan.
— Dr. Mohammad Shtayyeh د. محمد اشتية (@DrShtayyeh) November 1, 2021
“Com líderes de todo o mundo, vamos explorar caminhos de cooperação mútua para proteger nosso precioso planeta. Estamos aqui hoje para dizer ao mundo que a ocupação israelense é a ameaça mais crítica a longo prazo para o ambiente palestino”.
Just arrived in #COP26Glasgow. With leaders from across the world, we'll explore avenues of mutual cooperation to protect our precious planet. We're here today to tell the world that the Israeli occupation is the most critical long-term threat to the Palestinian environment. pic.twitter.com/xdhGQFd6UB
— Dr. Mohammad Shtayyeh د. محمد اشتية (@DrShtayyeh) November 1, 2021
Segundo a agência de notícias palestina Wafa, o primeiro-ministro declarou que “as políticas coloniais israelenses que visam a terra, as árvores e os recursos hídricos são ataques que precisam acabar imediatamente”.
“Cerca de 2,5 milhões de árvores foram arrancadas desde 1967”, completou. “Além disso, Israel rouba anualmente 600 milhões de metros cúbicos dos reservatórios de água da Palestina, tem exaurido os recursos do Mar Morto, o que ameaça secá-lo, e restringido o acesso da Palestina às suas margens”.
“A ocupação deve chegar a um fim imediato para que nosso povo possa viver em liberdade e em dignidade”.
O premier também esclareceu que a Palestina estava entre os países líderes na preparação de seu plano nacional de adaptação ao clima. “Dez anos atrás, adotamos o Programa Verde da Palestina, plantamos milhares de árvores e estabelecemos programas para gerar energia a partir de resíduos sólidos e energia solar”. Em conclusão, disse: “Em cooperação com nossos parceiros internacionais, os palestinos estão fazendo um grande esforço no tratamento de águas residuais e de energia renovável. Para que isso tenha sucesso, o povo palestino deve controlar sua terra e água junto com seus recursos nacionais e naturais”.
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