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Judeus da Tunísia apoiam presidente, exigem ‘restituição’ de posses

Perez Trabelsi, presidente da comunidade judaica em Djerba, na sinagoga local de La Ghriba, no sul da Tunísia, 20 de maio de 2008 [FETHI BELAID/AFP via Getty Images]

Os judeus na Tunísia apoiam as medidas tomadas pelo presidente Kais Saied, afirmou Perez Trabelsi, líder da comunidade no país, ao website local Akher Khabar.

“Não consideramos o que fez o presidente … como golpe e lhe desejamos sucesso”, declarou Trabelsi. “Pedimos a ele que trabalhe duro porque é o que requer a situação”.

No entanto, Trabelsi reivindicou a “restituição” de propriedades judaicas na capital. “Em Túnis, cerca de 80% dos judeus abandonaram suas posses sem saber seu futuro. Há outros que morreram sem filhos; todas essas propriedades foram confiscadas de graça”.

Em 25 de julho, Saied outorgou a si próprio autoridade máxima no país, ao destituir o premiê Hichem Mechichi e suspender o parlamento, sob pretexto de emergência nacional.

Mais de dois meses depois, em 29 de setembro, o presidente indicou Najla Bouden como primeira-ministra e um novo governo foi finalmente formado.

A maioria dos partidos políticos do país norte-africano descreveu os avanços de Saied como golpe contra a constituição e contra as conquistas da revolução popular de 2011, que resultou na queda do longevo ditador Zine el Abidine Ben Ali.

Em mais de uma ocasião, Saied — cujo mandato de cinco anos teve início em 2019 — alegou que suas decisões não representam golpe, pois supostamente respeitam o quadro constitucional, a fim de proteger o estado de um “iminente perigo”.

LEIA: Tunisianos fazem manifestação para exigir liberdade de expressão

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