A polícia egípcia prendeu um homem na cidade de Ismailia, no Canal de Suez, após um horrível assassinato ontem, no qual a vítima foi decapitada nas ruas, chocando tanto as testemunhas quanto os usuários das redes sociais, depois que as filmagens foram compartilhadas on-line.
O ataque ocorreu em plena luz do dia e afirma-se que o suspeito foi visto em filmagens carregando uma lâmina e saindo com a cabeça cortada da vítima. Ele também é visto aproximando-se de outro homem a fim de atacá-lo, antes de ser preso por um membro do público, que passa a espancá-lo.
De acordo com o Ministério do Interior, o acusado trabalhou anteriormente em uma loja de móveis de propriedade do irmão do falecido, embora ainda não tenha sido estabelecido um motivo para o assassinato. Sites divulgaram depoimentos de algumas testemunhas que afirmam, sem verificação, que a mãe do assassino foi estuprada pela vítima.
O Ministério também disse que o suspeito tem um histórico de doença mental e tinha sido previamente tratado por vício em drogas.
O Ministério Público do Egito prometeu, em uma declaração, “terminar rapidamente as investigações sobre o assassinato da vítima e os ferimentos de outras duas pessoas na estrada principal de Ismailia”.
Falando sobre o incidente, o Dr. Sawsan Fayed, professor de Sociologia, disse a Asharq Al-Awsat que a doença mental é um fator importante na propagação de crimes violentos dessa natureza, observando que “há pessoas que sofrem de violência desde o nascimento, uma condição que é difícil de tratar e precisa de treinamento e trabalho duro”.
“A vingança de honra é uma das razões pelas quais o acusado, ou o assassino, vangloria-se de seu ato, como aconteceu em Ismailia; onde o assassino não escondeu seu crime, mas caminhou com o corpo da vítima na rua, numa espécie de ostentação, talvez causada por seu desejo de mostrar sua vingança por sua honra, como se diz”, acrescentou.
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