A ocupação israelense pagará o preço por seus crimes contra a cidade ocupada de Jerusalém, advertiu ontem Haron Nasser al-Din, membro do gabinete político do Hamas.
Os comentários foram feitos após famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah rejeitarem uma proposta da Suprema Corte de Israel para registrá-las como “locatários regulares” em suas próprias casas, sob aluguel anual de 2.400 shekels (US$763) pago a colonos ilegais.
Quatro famílias palestinas de Sheikh Jarrah receberam prazo judicial até terça-feira, 2 de novembro, para responder ao “acordo”.
“Sem concessões à ocupação”, destacou Nasser al-Din. “Todas as terras ocupadas são direito de nosso povo e a ocupação tem de ir embora, junto dos colonos!”
“Prometemos fazer com que a ocupação pague o preço por seus crimes contra Jerusalém e continuaremos nossa luta por libertação até expulsarmos as forças ocupantes e seus colonos e trazer nossos refugiados de volta para a casa”, acrescentou.
Nasser al-Din reiterou ainda que o “judiciário israelense é parte do sistema de ocupação e seu papel é facilitar o controle de organizações coloniais sobre terras e casas em Jerusalém”.
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“Israel transfere gradualmente a posse de terras palestinas em Sheikh Jarrah a seus colonos”, reiterou o membro do Hamas. “Este é o plano da ocupação para assegurar o controle de todos os bairros e propriedades na cidade sagrada”.
O grupo de direitos humanos israelense Ir Amim, cujo foco é Jerusalém, observou ainda que cerca de 200 famílias palestinas na cidade ocupada estão sob ameaça de despejo similar aos quatro lares afetados pela decisão judicial desta terça-feira.
Seus casos avançam lentamente pelos órgãos administrativos e pelas cortes de Israel, a fim de protelar reações adversas da sociedade civil e da comunidade internacional.