O chefe do exército sudanês realizou uma reunião secreta com o líder golpista que virou presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, na véspera de suspender o governo de Cartum, noticiou o Wall Street Journal.
No que o jornal dizia ser “uma sequência de movimentos geopolíticos ousados”, o general Abdel Fattah Al-Burhan garantiu aos Estados Unidos que não planejava tomar o poder e depois se dirigiu ao Egito.
Ao retornar, ele depôs o governo e assumiu o controle das autoridades, pondo fim a um período transitório de partilha do poder com uma administração civil.
Al-Sisi realizou um golpe contra o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, Mohamed Morsi, em 2013. Ele foi apoiado pelos Emirados Árabes Unidos e pela Arábia Saudita e havia sido o ministro da defesa de Morsi. Ele passou a prender grandes figuras do partido de Morsi e seus apoiadores. Grupo de direitos estima que existem atualmente 60.000 presos políticos no Egito.
Al-Burhan, um oficial militar que chefiou o Conselho Soberano, um órgão governante com divisão de poder, anunciou o estado de emergência em todo o país e dissolveu o gabinete e o governo de transição em 25 de outubro.