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União Europeia diz que negociações de acordos nucleares do Irã serão retomadas em novembro

O governador do Irã para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Kazem Gharib Abadi, participa da reunião do Conselho de Governadores da AIEA na sede da agência em Viena, Áustria, em 7 de junho de 2021 [JOE KLAMAR/AFP via Getty Images]

As negociações para o restabelecimento do acordo nuclear iraniano serão retomadas em 29 de novembro, em Viena, anunciou ontem o serviço diplomático da União Europeia.

“A Comissão Conjunta do Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA) se reunirá em formato físico em 29 de novembro em Viena”, disse o Serviço Europeu de Ação Externa numa declaração escrita, referindo-se ao nome oficial do acordo nuclear iraniano.

Representantes da China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha participarão da reunião a ser presidida por Enrique Mora, o secretário-geral adjunto do serviço diplomático da União Europeia.

“Os participantes continuarão as discussões sobre a perspectiva de um possível retorno dos Estados Unidos à JCPOA e como assegurar a implementação plena e efetiva do acordo por todas as partes”, disse a declaração.

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O vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Bagheri Kani, que se tornou o principal negociador de Teerã em meados de setembro, disse ontem que a data foi marcada em um telefonema com o mediador da União Europeia, Enrique Mora.

A diplomacia da União Europeia fez esforços significativos para levar o Irã e os EUA de volta à mesa de negociações desde o início do conflito entre os dois países.

A última rodada de negociações para retomar as conversações entre Teerã e Washington aconteceu em Viena, em junho.

O acordo nuclear iraniano foi assinado em 2015 pelo Irã, EUA, China, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha e União Europeia.

Nos termos do acordo, Teerã se comprometeu a limitar sua atividade nuclear a fins civis e, em troca, as potências mundiais concordaram em abandonar suas sanções econômicas contra o Irã.

Entretanto, os EUA, sob o Presidente Donald Trump, se retiraram unilateralmente do acordo em 2018 e reinstituíram sanções ao Irã, levando Teerã a deixar de cumprir o acordo nuclear.

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