Nesta quinta-feira (4), o Egito renovou por 45 dias a ordem de prisão imposta ao proeminente empresário Hassan Rateb, à espera de investigações sobre suspeitas de financiamento a operações ilegais de escavação arqueológica.
A promotoria pública acusa Rateb de pagar milhões de libras egípcias ao ex-parlamentar Alaa Hassanein e seu irmão, a fim de escavar as antiguidades.
Estátuas, rochas e moedas antigas foram encontradas em posse de Hassanein durante sua prisão, em junho. Seu irmão supostamente pagou pelos equipamentos de escavação.
Segundo um comitê de inquérito do Supremo Conselho de Antiguidades do Egito, os artefatos apreendidos datam dos períodos pré-histórico, faraônico, helênico, romano e islâmico.
Rateb possui diversos empreendimentos no norte do país, incluindo fábricas de construção civil, o Grupo de Investimentos Sama Sinai, a Fundação de Desenvolvimento do Sinai e a Universidade do Sinai, entidade privada que chamou a atenção do Cairo.
Fontes alegam que a prisão do empresário, em junho, decorreu da recusa de vender a Universidade do Sinai ao regime egípcio de Abdel Fattah el-Sisi. Alguns dias antes, Rateb negou rumores e reafirmou não ter qualquer intenção de vendê-la.
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