O ministro libanês da Informação, George Kordahi, renunciará se os países do Golfo oferecerem garantias de que isso mudará sua posição em relação ao Líbano, informou a agência de notícias Anadolu.
A agência citou fontes próximas a Kordahi afirmando que “ele não se demitirá”, acrescentando que ele está esperando para se reunir com o primeiro-ministro, Najib Mikati, para descobrir se sua demissão do cargo mudaria a relação com o Golfo.
“Kordahi quer ver se a demissão é acompanhada de garantias de que tal medida será recebida com posições positivas dos estados do Golfo. Ele acredita que qualquer demissão que não mude a posição do Golfo no Líbano permanece em vão”, disseram as fontes.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Kuwait retiraram seus enviados do Líbano, após declarações feitas pelo ministro libanês no início de agosto, nas quais ele disse que os Houthis no Iêmen estão “se defendendo contra a agressão externa”, em referência à coalizão liderada pela Arábia Saudita.
O canal MTV libanês citou uma fonte diplomática saudita como dizendo que a grave crise diplomática levará ao isolamento do Líbano no mundo árabe.
O canal também citou uma fonte próxima ao Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) como dizendo que todos os embaixadores libaneses serão expulsos dos países do GCC, acrescentando que podem existir planos para impor sanções políticas e econômicas abrangentes ao Líbano.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro libanês Najib Mikati pediu a Kordahi que fizesse dos interesses nacionais do Líbano uma “prioridade”, sugerindo que ele deveria renunciar.
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