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Síria decide excluir os mais ricos do sistema de subsídios de combate à pandemia

Sírios embalam pão em uma padaria na cidade de Binnish, na província de Idlib, no noroeste do país, em 9 de junho de 2020 [Omar Haji Hadour/ AFP via Getty Images]

A Síria suspenderá os subsídios do governo em bens básicos para seus cidadãos mais ricos até o final deste ano, de acordo com funcionários do regime.

Em entrevista coletiva ontem, o ministro do Comércio Interno da Síria, Amro Salem, afirmou que “há segmentos da sociedade que não precisam de subsídios … quero dizer, aqueles que têm dinheiro”.

A decisão isentará 800.000 dos cidadãos mais ricos da Síria – normalmente os que ganham muito trabalhando no setor privado – de subsídios do governo em itens como pão e combustível.

De acordo com Salem e outras autoridades, a decisão ajudará a continuar a fornecer alívio aos mais pobres e a aliviar os encargos financeiros do regime de Bashar Al-Assad.

No ano passado, o governo sírio emitiu um sistema de cartões inteligentes de racionamento que fornecem subsídios aos cidadãos que compram bens básicos e essenciais. Foi estabelecido como um esforço para conter a severa escassez de bens, como trigo e combustível, que atingiu o país, tanto nos territórios controlados pelo regime quanto nos da oposição.

O sistema de racionamento estabelecido por Damasco também foi especialmente rigoroso nas padarias em todo o território do regime. Padeiros que violaram a lei por possuírem farinha extra passaram a ser  presos.

LEIA: Estados Unidos concedem luz verde à normalização com Assad

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