Arábia Saudita adia sessão com réus acusados de “apoio à resistência palestina”

O Tribunal de Apelação saudita adiou hoje, para o próximo mês, a audiência do caso em que os réus foram acusados de “apoiar a resistência e o povo palestino”.

Ontem, o chefe do Comitê de Defesa dos Detentos Jordanianos na Arábia Saudita, Khader Al-Mashaikh, disse em declarações à Quds Press que o julgamento irá durar três semanas e incluirá mais de sessenta detentos.

Há três meses, o tribunal penal de Riade emitiu sentenças, que vão desde absolvição até 22 anos de prisão, contra dezenas de palestinos e jordanianos, sob acusações relacionadas ao apoio à resistência e ao povo palestino.

Em fevereiro de 2019, a Arábia Saudita prendeu mais de sessenta jordanianos e palestinos residentes no reino, incluindo o antigo representante do Hamas, Muhammad Al-Khodari, sob a acusação de “fornecer apoio financeiro à resistência palestina”.

Em agosto, o Tribunal Penal saudita condenou Al-Khodari a 15 anos de prisão, sob a acusação de apoiar a resistência.

Em 24 de outubro, o Hamas revelou que o chefe de seu gabinete político, Ismail Haniyeh, teve amplos contatos com vários países da região para intervir a fim de libertar os detentos do movimento na Arábia Saudita, incluindo Al-Khodari.

Al-Khodari, 82 anos, e seu filho Hani estão detidos na Arábia Saudita desde o início de 2019. Ele sofre de câncer de próstata e precisa de cuidados médicos que não lhe foram fornecidos na prisão.

Em abril, forças de segurança invadiram sua casa e interrogaram sua esposa de 70 anos, Wejdan, confiscando seu telefone e forçando-a a assinar um compromisso que a impede de falar sobre a condição de seu marido à imprensa.

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