O Fatah — partido hegemônico na Autoridade Palestina — negou rumores de que a Rússia esteja trabalhando pelo retorno de Mohammad Dahlan ao movimento, segundo informações divulgadas ontem (8) pela rede Al-Quds Al-Arabi.
Um membro sênior do Fatah rejeitou qualquer associação entre a iminente visita de Mahmoud Abbas, presidente palestino, e uma viagem de Dahlan a Moscou, na última semana.
No fim de semana, Dimitri Diliani, ex-oficial do Fatah e assessor próximo de Dahlan, afirmou à agência Anadolu que o chanceler russo Sergey Lavrov conduzia esforços para superar a “ruptura” entre o establishment do Fatah e a corrente dahlanista.
“Esperamos que o lado russo discuta a reconciliação com Abbas e não sabemos qual será sua reação”, declarou Diliani. “Porém, temos expectativas de que os esforços tenham êxito”.
Dahlan, ex-ministro palestino de 58 anos, foi expulso do órgão executivo do Fatah em 2011, sob alegações de conspirar para destituir o presidente octagenário. Desde o ano seguinte, vive então exilado nos Emirados Árabes Unidos.
Dahlan comandou a chamada Força de Segurança Preventiva do Fatah, na Faixa de Gaza.
Em 2016, uma corte anticorrupção da Autoridade Palestina sentenciou Dahlan a três anos de prisão, por desviar US$16 milhões enquanto coordenador de segurança.
Em dezembro de 2019, a Turquia adicionou Dahlan a sua lista de terroristas mais procurados, com recompensa de US$1.7 milhão por sua captura, acusado de envolver-se com a tentativa de golpe gulenista contra Recep Tayyip Erdogan, em 15 de julho de 2016.
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