A Autoridade Palestina (AP) vivencia seus “anos mais difíceis”, como resultado do déficit em seus recursos, reportou nesta terça-feira (9) o primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh, durante reunião extraordinária de seu gabinete.
Shtayyeh confirmou que a situação financeira é “a mais difícil em anos, dado que a assistência recebida até então não excede 10% do que costuma chegar ao tesouro”.
Segundo o premiê, a falta de recursos se reflete nos “gastos operacionais do governo”.
De acordo com informações da agência Wafa, Shtayyeh atribuiu a crise vivenciada pela Autoridade Palestina à queda das doações internacionais, além da dedução tributária de Israel e das repercussões econômicas da pandemia de covid-19.
Ramallah não recebeu ajuda financeira de países árabes nos últimos dois anos, reiterou.
“Apesar de certa retomada nas doações dos Estados Unidos à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), as leis promulgadas pelo Capitólio impedem o governo de ajudar diretamente a Autoridade Palestina”, observou Shtayyeh.
O primeiro-ministro, não obstante, destacou um encontro na próxima semana entre países doadores, sediado em Oslo, capital da Noruega.
Na ocasião, seu governo deverá reivindicar pressão pelo fim das deduções tributárias da ocupação israelense, além de maior ajuda internacional à Autoridade Palestina — “para que possa cumprir suas obrigações perante o povo”, reafirmou.
“Esperamos ser capazes de superar a crise no futuro próximo”, concluiu o premiê.
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