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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

EUA voltam a se abster sobre direito de retorno nas Nações Unidas

Mural retrata uma mulher com um lenço palestino, junto da Mesquita de Al-Aqsa e a imagem de uma chave — em referência ao direito de retorno —, no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, 10 de setembro de 2020 [JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images]
Mural retrata uma mulher com um lenço palestino, junto da Mesquita de Al-Aqsa e a imagem de uma chave — em referência ao direito de retorno —, no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, 10 de setembro de 2020 [JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images]

O governo dos Estados Unidos de Joe Biden não votou contra uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas para reafirmar o direito de retorno dos refugiados palestinos, reportou nesta quarta-feira (10) o jornal israelense The Jerusalem Post.

Ao fazê-lo, o presidente americano quebrou o padrão de apoio incondicional a Israel, como adotado por seu predecessor Donald Trump.

Sob o regime republicano, qualquer resolução favorável aos palestinos recebia automaticamente sua oposição. O governo de Barack Obama costumava abster-se dessa resolução em particular, votada anualmente nas Nações Unidas.

“Neste ano, os Estados Unidos retornam à abstenção sobre o texto ‘Assistência aos Refugiados Palestinos’”, asseverou o vice-embaixador americano Richard Mills, nesta terça-feira (9).

A comissão concedeu aprovação preliminar a seis resoluções, a serem votadas ainda este ano.

Três dos textos corroboram o trabalho da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que atende 5.7 milhões de refugiados na região.

As resoluções reivindicam o direito de retorno dos refugiados palestinos ou indenização por suas propriedades perdidas, quando fugiram do país durante a Nakba — ou “catástrofe”, como é descrita a criação de Israel, via limpeza étnica, em 1948.

Os textos foram aprovados por 160 votos a um — apenas Tel Aviv contestou. A União Europeia votou a favor e nove países, incluindo Canadá e Estados Unidos, se abstiveram.

LEIA: Sem caminhos para Gaza: o papel do Egito na manutenção do cerco e opressão do povo palestino

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