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Jornalista grávida é morta no Iêmen, a caminho da maternidade

Uma jornalista iemenita grávida foi morta em um ataque com carro-bomba na cidade portuária de Aden, no sul

Rasha Abdullah al-Harazi, jornalista iemenita, faleceu nesta terça-feira (9), devido a um atentado na cidade portuária de Aden — capital interina do governo reconhecido internacionalmente, no sul do país devastado pela guerra.

Al-Harazi estava grávida; o bebê por nascer também faleceu.

Segundo relatos, criminosos anexaram um aparato explosivo no veículo que levaria al-Harazi e seu marido, Mahmoud al-Atmi, à maternidade, para dar à luz seu segundo filho.

Al-Atmi sobreviveu com ferimentos; três transeuntes também foram atingidos.

O casal de jornalistas trabalhava para uma emissora de televisão do Golfo. Informações indicam tratar-se do canal Asharq, sediado nos Emirados Árabes Unidos.

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Os mortos do Iêmen [Sarwar Ahmed/Monitor do Oriente Médio]

Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelo incidente, até então.

Al-Atmi, no entanto, suspeita de um ataque conduzido por rebeldes houthis, ligados a Teerã. “Eles estavam tentando descobrir meu endereço”, afirmou à rede de notícias AFP.

O premiê iemenita Maeen Abdulmalik descreveu o caso como “ataque terrorista”.

A explosão ocorreu quase três semanas após seis pessoas morrerem em um episódio semelhante, cujo alvo era o governador da cidade portuária, que sobreviveu.

Aden é assolada por instabilidade e tentativas de assassinato em meio à disputa de poder entre o governo reconhecido internacionalmente, com apoio da Arábia Saudita, e o movimento separatista Conselho de Transição do Sul (CTS), ligado a Abu Dhabi.

Sob um frágil acordo de coexistência, governo e CTS acusam um ao outro de incitar as mortes e instigar confrontos violentos entre milícias aliadas que intervêm na região.

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