Gaza ainda está sofrendo “de uma situação econômica particularmente difícil, com desemprego muito alto e condições sociais em deterioração”, alertou o Banco Mundial em um relatório esta semana.
O relatório destaca os desafios críticos enfrentados pela economia palestina em geral e, mais especificamente, o desempenho econômico de Gaza e as necessidades de desenvolvimento, e será apresentado ao Comitê de Ligação Ad Hoc (AHLC) em Oslo em 17 de novembro.
Ele destaca que, embora a Cisjordânia ocupada esteja tendo uma “recuperação” após a pandemia do coronavírus e subsequentes fechamentos, “a economia ainda sofre com restrições de movimento, acesso e comércio – o maior impedimento ao investimento e acesso aos mercados”, Kanthan Shankar, disse o diretor do Banco Mundial para a Cisjordânia e Gaza.
The #Palestinian Authority’s (PA) fiscal situation remains very challenging with expected deficit of US$1.36 billion in 2021. The PA may be forced to accumulate further arrears to the private sector, pulling away more liquidity from the market. Report: https://t.co/SObU807Uak pic.twitter.com/NcTEj2X7HK
— World Bank MENA (@WorldBankMENA) November 9, 2021
“A melhoria do desempenho econômico foi totalmente impulsionada pela Cisjordânia, enquanto a economia de Gaza permaneceu quase estagnada, impactada pelo conflito de 11 dias em maio”, acrescentou o Banco Mundial.
Ele disse que a situação fiscal da Autoridade Palestina (AP) “continua muito desafiadora”, com a dedução de Israel da receita tributária mensal aumentando “o estresse fiscal”. Isso, alertou, significa que a “AP pode encontrar dificuldades em cumprir seus compromissos recorrentes no final do ano.”
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A contribuição de Gaza para a economia palestina em geral, explicou, “foi cortada pela metade nas últimas três décadas, diminuindo para apenas 18 por cento atualmente” como resultado do cerco israelense de 15 anos ao enclave. Gaza também “passou por uma desindustrialização” e sua economia tornou-se altamente dependente de transferências externas.
“As ações prioritárias exigem o aumento do fornecimento de eletricidade e a atualização da infraestrutura e das redes para permitir o crescimento econômico e melhorar os serviços públicos.”
O relatório, cujos detalhes foram divulgados na terça-feira, se soma aos alertas divulgados ontem pela ONU, que afirmam que a situação financeira nos territórios palestinos é “terrível”. O relatório completo da ONU também deve ser revelado em Oslo na próxima semana.