A situação financeira nos territórios palestinos ocupados é “terrível”, advertiu ontem (11) um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a persistente estagnação do desenvolvimento e a alta taxa de desemprego na região.
No documento compilado por seu escritório, Tor Wennesland, coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Oriente Médio, exortou uma “resposta coordenada para abordar a rápida deterioração fiscal e econômica na Palestina”.
#UN report calls for coordinated response to address rapid deterioration in #Palestine|ian economic & fiscal situation.
The report is issued by UNSCO for the upcoming #AHLC meeting in #Oslo on🗓️17 Nov 2021.
PR: https://t.co/FyI6Dt6Ewu
Full Report: https://t.co/r5jRMRU8q5— UNSCO (@UNSCO_MEPP) November 11, 2021
ONU alerta para desastre econômico nos territórios palestinos
O relatório sugeriu ainda cooperação entre Israel, Autoridade Palestina, Israel e agentes internacionais, nos próximos meses, para tratar do problema.
“Ajustes de curto prazo, focados em estabilizar e administrar crises recentes são necessários, mas não são suficientes”, destacou Wennesland.
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O relatório será apresentado durante encontro do Comitê de Articulação Ad Hoc, principal mecanismo de coordenação política internacional para os territórios palestinos ocupados, com início na próxima quarta-feira (17), na cidade de Oslo.
“É cada vez mais difícil para a Autoridade Palestina cobrir gastos mínimos, muito menos conduzir investimentos cruciais para o povo palestino”, prosseguiu Wennesland.
Durante reunião de emergência realizada na última terça-feira (9), o governo palestino aprovou uma série de medidas para reagir à crise financeira, incluindo redução dos salários de aproximadamente 140 mil funcionários públicos.
O gabinete reuniu-se horas após o Banco Mundial advertir para a possibilidade de que Ramallah não consiga “cumprir suas obrigações fiscais até o fim deste ano”.
Em setembro, revelou-se que 2020 foi o pior ano para a Autoridade Palestina em termos econômicos, desde sua criação em 1994, devido aos avanços coloniais israelenses e a pandemia de coronavírus. No período, a economia palestina encolheu 11.5%.