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75% das crianças iemenitas sofrem de desnutrição aguda, diz OMS

15 de novembro de 2021, às 15h29

Departamento de Combate à Desnutrição do Hospital Sabeen com crianças recebendo assistência médica devido à desnutrição em instalações limitadas, em Sanaa, Iêmen, em 12 de outubro de 2021 [Mohammed Hamoud – Agência Anadolu]

Setenta e cinco por cento das crianças iemenitas sofrem de desnutrição aguda, disse hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em uma postagem no Twitter, o órgão da ONU acrescentou que 16,2 milhões – mais da metade dos 30 milhões de habitantes do país – sofrem de insegurança alimentar.

“Quase 16,2 milhões de iemenitas sofrem de insegurança alimentar e três a cada quatro crianças sofrem de desnutrição crônica. Em parceria com a Agência Alemã para Cooperação Internacional e Ministério da Saúde Pública, a OMS tem mantido os cuidados com a nutrição por mais de um ano, o que salvou a vida de 9.384 crianças”, escreveram.

https://twitter.com/WHOYemen/status/1460165344195227650?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1460165344195227650%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20211115-75-of-yemeni-children-suffer-from-acute-malnutrition-who%2F

No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU expressou “grave preocupação com a terrível situação humanitária [no Iêmen], incluindo fome prolongada e o risco crescente de fome em grande escala, agravada pela terrível situação econômica”.

O Iêmen foi tomado pela violência e instabilidade desde 2014, quando Houthis alinhados ao Irã capturaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.

Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita que visa restabelecer o governo do Iêmen piorou a situação, causando uma das piores crises humanitárias do mundo, com 233.000 mortos, quase 80 por cento ou cerca de 30 milhões precisando de assistência e proteção humanitária, e mais de 13 milhões em perigo de morrer de fome, de acordo com estimativas da ONU.

O conflito aumentou nos últimos meses em várias partes do país árabe, incluindo a cidade central de Marib, onde os rebeldes Houthi intensificaram os ataques para tomar o controle da província rica em petróleo, que também é um dos baluartes mais importantes do governo legítimo e onde fica a sede do Ministério da Defesa do Iêmen.

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