Setenta e cinco por cento das crianças iemenitas sofrem de desnutrição aguda, disse hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em uma postagem no Twitter, o órgão da ONU acrescentou que 16,2 milhões – mais da metade dos 30 milhões de habitantes do país – sofrem de insegurança alimentar.
“Quase 16,2 milhões de iemenitas sofrem de insegurança alimentar e três a cada quatro crianças sofrem de desnutrição crônica. Em parceria com a Agência Alemã para Cooperação Internacional e Ministério da Saúde Pública, a OMS tem mantido os cuidados com a nutrição por mais de um ano, o que salvou a vida de 9.384 crianças”, escreveram.
Nearly 16.2 M Yemenis are food insecure, & 3 of 4 👶 are chronically malnourished. In partnership with the German Agency for International Cooperation & Ministry of Public Health, WHO has sustained nutrition care for more than one year that has saved the lives of 9,384👶.#Yemen pic.twitter.com/uMU7P1scnh
— WHO Yemen (@WHOYemen) November 15, 2021
No mês passado, o Conselho de Segurança da ONU expressou “grave preocupação com a terrível situação humanitária [no Iêmen], incluindo fome prolongada e o risco crescente de fome em grande escala, agravada pela terrível situação econômica”.
O Iêmen foi tomado pela violência e instabilidade desde 2014, quando Houthis alinhados ao Irã capturaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.
Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita que visa restabelecer o governo do Iêmen piorou a situação, causando uma das piores crises humanitárias do mundo, com 233.000 mortos, quase 80 por cento ou cerca de 30 milhões precisando de assistência e proteção humanitária, e mais de 13 milhões em perigo de morrer de fome, de acordo com estimativas da ONU.
O conflito aumentou nos últimos meses em várias partes do país árabe, incluindo a cidade central de Marib, onde os rebeldes Houthi intensificaram os ataques para tomar o controle da província rica em petróleo, que também é um dos baluartes mais importantes do governo legítimo e onde fica a sede do Ministério da Defesa do Iêmen.
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