Quatro advogados marroquinos registraram uma queixa contra Meir Ben-Shabbat, chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, segundo informações da agência Anadolu.
Ben-Shabbat é acusado de crime de guerra e lesa-humanidade contra cidadãos marroquinos, incluindo crianças, durante os bombardeios israelenses à Faixa de Gaza, em maio.
Em nota, os advogados Abdul Rahman Bin Amr, Abdul Rahim al-Jamei, Abdul Rahim Binbarakah e Khaled al-Sifyani confirmaram a queixa registrada no Tribunal de Recursos de Rabat.
“Ben-Shabbat estava na sala de operações junto do ex-premiê Benjamin Netanyahu e do chefe do exército, Aviv Kochavi, responsáveis por executar o crime”, reiterou o comunicado.
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Entre 11 e 21 de maio, a ocupação israelense conduziu uma ofensiva de larga escala contra a Faixa de Gaza, que deixou ao menos 243 palestinos mortos, incluindo 66 crianças.
“O processo é parte do acompanhamento estabelecido contra aqueles que perpetraram crimes contra a humanidade durante a agressão aos palestinos”, declarou al-Sifyani.
O advogado observou ainda que entre os autores da denúncia estão familiares de uma menina marroquina que venceu o concurso de Pequena Miss Gaza — “mas tornou-se um cadáver carbonizado após os ataques israelenses”.
Segundo al-Sifyani, as evidências encaminhadas ao judiciário incluem imagens e vídeos publicados pela imprensa internacional.
Ben-Shabbat esteve entre os signatários do acordo para normalização de laços entre Marrocos e Israel, promovido pelo então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em 2020.