O Conselho de Segurança debateu esta quarta-feira a situação na Somália. Somente este ano, foram 964 civis mortos ou feridos em confrontos armados no país africano.
Segundo a ONU, milícias al-Shabaab continuam por trás de pelo menos dois terços desses atos contra civis.
Tensões
Na sessão, o representante especial do secretário-geral e chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália, Unsom, enfatizou ainda que aumentou o número de tensões políticas.
Pnud SomaliaEleições na Somália em 2016
James Swan diz que existem cerca de 2,9 milhões deslocados em todo o país. Um apelo humanitário foi financiado apenas pela metade até agora.
Nas próximas semanas, a Somália elegerá 11 deputados para o Parlamento do país. Swan pede esforços para a realização pacífica do pleito.
Espera-se que o novo presidente seja eleito o mais rapidamente possível.
Prioridades
Para a ONU, a conclusão do processo é mais importante do que nunca, para que todos os esforços possam estar focados em prioridades de governança, segurança e desenvolvimento na Somália.
Swan disse que os preparativos de segurança precisam ser acelerados e uma lista de 30% dos assentos reservados para mulheres.
A escolha dos membros da câmara alta iniciada em julho está agora concluída.
Reunião fechada
As mulheres compõem 26% dos deputados eleitos, total aquém da cota estipulada em um compromisso do governo no acordo político de setembro de 2020.
O entendimento prevê eleições legislativas e presidenciais indiretas, nas quais os representantes dos clãs elegem membros da Casa Legislativa que por sua vez elegerão o chefe de Estado.
A sessão do Conselho de Segurança foi seguida de uma reunião fechada onde também participaram o representante especial do presidente da Comissão da União Africana na Somália e chefe da Missão da UA no país, Francisco Madeira.
LEIA: Ataque suicida na capital da Somália mata pelo menos duas pessoas
Publicado originalmente em Onu News