Uma delegação do legislativo tunisiano prepara-se para participar da conferência da União Interparlamentar, prevista para ocorrer em Madri na próxima semana.
Segundo o site de notícias Arabi21, fontes não-identificadas reafirmaram que a entidade internacional não pediu que a filiação da Tunísia fosse revogada. Portanto, parlamentares do país ainda podem participar de todos os eventos da organização.
Em 25 de julho, o presidente tunisiano Kais Saied recorreu a “medidas de emergência” para destituir o premiê Hichem Mechichi, congelar o parlamento, rescindir a imunidade de ministros e apontar a si próprio como máxima autoridade executiva do país.
A maioria dos partidos políticos condenou os avanços de Saied como golpe contra a constituição e as conquistas democráticas da revolução de 2011.
Anouar al-Gharbi, ex-assessor do então presidente Moncef Marzouki, comentou a matéria: “Não há dúvida de que o não-reconhecimento das medidas [de Saied] pela União Interparlamentar … representa uma posição de apoio à transição democrática na Tunísia”.
“Diante da manutenção do monopólio do poder [por Saied] … não há caminho para as instituições de estado senão aderir à constituição e preservar sua responsabilidade de servir aos interesses nacionais e cumprir suas obrigações internacionais”, prosseguiu al-Gharbi.
Em setembro, o tunisiano Rached Ghannouchi recebeu convite para participar da 5ª Conferência de Presidentes do Legislativo da União Interparlamentar, na cidade de Viena. Os congressistas Osama Al-Khelaifi e Fathi Al-Ayadi foram incumbidos de representá-lo.
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