O Kuwait solicitou ontem (16) que cem imigrantes — na maioria, libaneses — deixem o país junto de suas famílias, assim que expirarem seus vistos de residência.
Segundo o jornal kuwaitiano Al-Qabas, a Autoridade de Segurança Pública nomeou os imigrantes em sua lista de sanções, para impedí-los de renovar seus documentos.
Fontes de segurança confirmaram que a maioria dos imigrantes são libaneses.
Porém, há ainda iranianos, iemenitas, sírios, iraquianos, afegãos, paquistaneses e egípcios.
“Alguns desses libaneses ou seus parentes de primeiro e segundo grau são suspeitos de pertencer ao Hezbollah”, argumentaram as fontes. “Entre eles, há indivíduos condenados por lavagem de dinheiro e questões sensíveis de segurança”.
“A segurança kuwaitiana é uma linha vermelha e ninguém que representa qualquer ameaça à segurança nacional poderá permanecer em nossas terras”, acrescentaram.
Segundo as informações, autoridades de defesa emitiram instruções “claras e explícitas” contra qualquer leniência sobre a questão, ou mesmo pressão de “intermediários” para anistiar indivíduos identificados por atividades ilegais.
Recentemente, o Kuwait retirou seu diplomata de Beirute e expulsou o embaixador libanês do país, após emergirem declarações controversas de George Kordahi, proferidas em agosto — Kordahi foi indicado Ministro da Informação no mês seguinte.
Nos vídeos em questão, o então apresentador de televisão descreveu a guerra no Iêmen como agressão saudita, ao afirmar que os rebeldes houthis agiam em “autodefesa”.
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