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Chefe de diplomacia dos EUA visita o Quênia; pede paz no Sudão e Etiópia

Presidente do Quênia Uhuru Kenyatta participa da Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia, 1° de novembro de 2021 [Yves Herman/Getty Images]

O Presidente do Quênia Uhuru Kenyatta e o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reuniram-se nesta quarta-feira (17) na cidade de Nairóbi, para discutir a recente escalada na Etiópia e Sudão, segundo informações da agência Anadolu.

Após a conversa, afirmou Blinken: “Nosso enviado especial Jeffrey Feltman está trabalhando junto do alto-representante [Olusegun] Obasanjo para pressionar pelo fim imediato das hostilidades e abusos de direitos humanos, sem condições prévias, e conceder assim acesso humanitário a milhões de pessoas no norte da Etiópia”.

Um comunicado da presidência queniana observou que — durante o encontro a portas fechadas — ambos “exploraram novas oportunidades para colaborar na resolução dos conflitos em curso e conquistar então uma paz sustentável no Chifre da África”.

Kenyatta e Blinken abordaram diversos assuntos, incluindo covid-19 e aquecimento global.

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Blinken e sua delegação também se reuniram com o chanceler queniano Raychelle Omamo.

Blinken e Omamo realizaram uma coletiva de imprensa na qual prometeram trabalhar em parceria com o Conselho de Segurança das Nações Unidas e outros fóruns regionais e internacionais para tratar questões de instabilidade no Chifre da África e além.

“Acreditamos no potencial da Etiópia de encontrar uma solução para a crise”, reiterou o diplomata queniano. “Acreditamos que um cessar-fogo é possível. Acreditamos que outros mecanismos para assegurar o acesso humanitário são possíveis”.

Estados Unidos e Quênia enfatizaram ainda a importância de que o governo etíope, a Frente Popular de Libertação do Tigré e outros grupos armados envolvidos na questão se comprometam com o fim das hostilidades, para negociar um cessar-fogo.

Ambos os países reafirmaram a urgência de permitir o envio de ajuda humanitária, de modo seguro e pleno, às populações carentes na região, além de conduzir um diálogo nacional inclusivo e afastar-se do discurso de ódio ou incitação étnica, religiosa ou tribal.

Golpe militar no Sudão, terrorismo, meio-ambiente

Estados Unidos e Quênia também expressaram receios sobre a tomada militar no Sudão, no final de outubro, e pediram a restauração do processo transicional liderado pela sociedade civil, conforme declarações de princípios e promessas constitucionais.

Ambos se comprometeram com novas iniciativas bilaterais em economia e comércio.

Blinken e seus homólogos quenianos concordaram em trabalhar para combater o terrorismo, reforçar fronteiras e mares e profissionalizar as forças de defesa locais.

Os oficiais prometeram ainda manter pressão sobre o al-Shabaab e outros grupos terroristas que operam no Chifre da África, por meio de exercícios militares, operações conjuntas, remessas de equipamentos avançados e cooperação de segurança.

Sobre as mudanças climáticas, as partes envolvidas prometeram colaborar para garantir apoio institucional e construir capacidade de conservação ambiental, segurança alimentar, meteorologia e implementação de acordos internacionais.

Estados Unidos e Quênia alegaram também aumentar sua cooperação em segurança marítima para potencializar a “economia azul”, em nome da prosperidade no Oceano Índico.

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