As Nações Unidas repetidamente ignoraram pedidos de famílias libanesas enlutadas por informações para ajudar na investigação oficial da explosão do porto de Beirute, que matou 219 pessoas em agosto do ano passado, revelou a BBC.
De acordo com o relatório, a investigação da explosão foi afetada por atrasos, brigas e recriminações, deixando famílias e sobreviventes longe de descobrir quem, se é que alguém, era o culpado, como disse a correspondente da BBC para o Oriente Médio, Anna Foster.
A Ordem dos Advogados de Beirute enviou três pedidos separados ao Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, solicitando todas as fotos de satélite disponíveis tiradas pelos Estados membros no dia da explosão no Porto de Beirute.
O relatório diz que eles também perguntaram se a UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano) verificou o navio que transportava a carga de nitrato de amônio responsável pela explosão antes de atracar em Beirute.
A explosão aconteceu quando 2.750 toneladas de nitrato de amônio, armazenadas de forma insegura no porto de Beirute, armazém 12, por seis anos antes da explosão, explodiu em 4 de agosto. Quase 200 pessoas morreram na explosão, que deixou milhares mais feridos e deixou pelo menos 300.000 moradores de Beirute desabrigados.
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