No último domingo (21), Haim Shadmi, ativista israelense de esquerda, solicitou ao Knesset — Parlamento de Israel — autorização para carregar armas, com intuito de proteger os nativos palestinos da violência perpetrada diariamente por colonos judeus.
As informações são do jornal israelense The Jerusalem Post.
Segundo as informações, durante uma conferência legislativa para debater a onda de violência colonial, declarou Shadmi: “Dê-nos a autoridade de pegar em armas”.
Seu objetivo é permitir a ativistas que estabeleçam uma guarda civil em favor dos palestinos.
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“Faremos o trabalho pelos palestinos, mas não vamos ferir ninguém”, reafirmou Shadmi. “Se vocês não são capazes de cumprir seu dever, então deixem-nos proteger a vida humana”.
O ativista criticou ainda a própria conferência, por não conduzir medidas práticas em campo contra as agressões coloniais cada vez mais frequentes na Palestina ocupada.
“Não sei o que acontece aqui, mas o debate trata a ocupação e violência dos colonos como se tivesse começado nos últimos anos”, acrescentou. “Escuto um parlamentar atrás do outro … o que é isso, uma conferência que é só conversa? Onde estão as soluções?”
Conforme relatos, o parlamentar Itamar Ben-Gvir — do partido de extrema-direita Sionismo Religioso — respondeu a Shadmi: “Por que falar de violência e não mencionar o assassinato que ocorreu ontem? Ninguém fala da violência contra colonos, soldados, policiais”.
Ben-Gvir referiu-se a um tiroteio em Jerusalém ocupada, no qual um professor palestino e um soldado palestino foram mortos. Quatro israelenses ficaram feridos.