O prisioneiro palestino Kayed al-Fasfous conquistou uma vitória decisiva, após 131 dias de greve de fome, ao obter um acordo com a ocupação israelense para dar fim à sua detenção administrativa e ser libertado dentro de 23 dias.
As autoridades israelenses emitiram uma ordem para libertá-lo em 14 de dezembro.
Kayed al-Fasfous, pai de uma filha, manteve sua greve de fome por mais de quatro meses, em protesto contra sua detenção administrativa — isto é, sem julgamento ou acusação.
Ayad al-Harimi, de 34 anos, também suspendeu sua greve de fome nesta terça-feira (23), após 61 dias sem se alimentar. Tel Aviv concordou em libertá-lo em março de 2022.
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Em 11 de novembro, o prisioneiro palestino Miqdad Al-Qawasmi encerrou seus 113 dias de greve de fome, sob a promessa de ser libertado em fevereiro.
Contudo, outros dois prisioneiros palestinos continuam em greve de fome contra sua detenção administrativa. Hisham Ismail Abu Hawash não se alimenta há 106 dias e Louay al-Ashkar juntou-se ao protesto 42 dias atrás.
Israel mantém hoje cerca de 4.650 prisioneiros palestinos, incluindo 34 mulheres, 160 crianças e aproximadamente 500 sob detenção administrativa.