A Ministra do Interior de Israel Ayelet Shaked afirmou à rede de notícias The Hill, sediada em Washington, que “não há qualquer solução real” ao conflito israelo-palestino, de modo que é preciso “gerenciá-lo … e não solucioná-lo”.
Shaked é notória por suas posições políticas de extrema-direita, ao apoiar a anexação israelense da Cisjordânia ocupada e a expansão de assentamentos ilegais, além de rejeitar qualquer estabelecimento de um estado palestino independente.
Questionada pela reportagem sobre como o governo israelense deveria tratar dos palestinos, declarou Shaked: “Devemos nos concentrar no que podemos fazer e não nos aventurar naquilo que sabemos que nos levará a becos sem saída”.
Segundo o jornal israelense Times of Israel, Shaked crê que a expansão dos acordos de normalização com os estados árabes — que avançaram no último ano — depende de incentivos propostos pelos Estados Unidos às potências regionais.
A ministra concordou, no entanto, que Tel Aviv teria de abandonar por ora seus planos para anexar grandes partes da Cisjordânia, a fim de priorizar os acordos.
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“Há enorme potencial, mas depende muito da influência do governo de Joe Biden”, insistiu Shaked. “No fim, tais países fazem as pazes não somente porque lhes interessa a paz com Israel, mas porque possuem interesses também junto aos Estados Unidos”.
A líder colonial destacou ainda que todos os países que se associaram aos chamados Acordos de Abraão receberam algo em troca. “Dessa forma, se os americanos estão preparados para investir nisso, então penso que há enorme potencial”, concluiu Shaked.