EUA pedem sanções do Conselho de Segurança a quem obstruir as eleições líbias

Na terça-feira (23), o vice-embaixador dos Estados Unidos na ONU, Jeffrey DeLaurentis, conclamou o Conselho de Segurança a impor sanções a qualquer “indivíduo líbio ou não-líbio” que obstrua as eleições marcadas para 24 de dezembro deste ano.

As informações são da agência Anadolu.

“Lembramos aqueles que queiram interferir nas eleições líbias ou alimentar a violência que o Conselho de Segurança pode impor sanções a todos — líbios ou não — que prejudiquem as eleições previstas para o próximo mês”, enfatizou DeLaurentis.

“Este conselho deve promover a responsabilidade sobre detratores, caso necessário”, acrescentou. “As autoridades líbias foram claras … em 21 de outubro, que rejeitarão qualquer ingerência estrangeira e querem a retirada de mercenários do país”.

Não obstante, durante a mesma sessão do Conselho de Segurança, Jan Kubis, principal diplomata das Nações Unidas para a questão líbia, anunciou sua renúncia.

Na ocasião, Kubis defendeu que o cargo de enviado especial das Nações Unidas e chefe de Missão de Apoio na Líbia (UNSMIL) seja dividido em dois e sugeriu que seu quartel-general seja sediado em Trípoli, capital do país norte-africano.

“A fim de criar condições para tanto, em 17 de novembro de 2021, entreguei minha renúncia”, confirmou Kubis. “Reafirmei, no entanto, minha prontidão para continuar como enviado especial por um período transicional, a fim de não interromper os trabalhos”.

Ao comentar a exoneração, DeLaurentis destacou que Washington aguarda ansiosamente a indicação do Secretário-Geral António Guterres, de modo a facilitar uma “transição rápida e tranquila das responsabilidades durante uma conjuntura tão crítica”.

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