O prisioneiro palestino Louay al-Ashkar foi transferido à ala hospitalar da penitenciária de Ramle nesta quarta-feira (24), após sua saúde deteriorar-se em meio à sua greve de fome.
Al-Ashkar permanece sem se alimentar há 47 dias.
O Escritório de Informações sobre os Prisioneiros confirmou sua transferência da prisão de al-Jalama ao centro médico de Ramle.
Al-Ashkar é um dos dois prisioneiros que mantêm seu protesto.
Hisham Abu Hawash está há 101 dias em greve de fome contra sua detenção administrativa — sem julgamento ou acusação. A família de Abu Hawash confirmou que sua audiência foi postergada novamente por cinco dias.
Na segunda-feira (22), dois prisioneiros palestinos encerraram meses de sua greve de fome, contra a política israelense de detenção administrativa.
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Kayed Fasfous, de 34 anos, suspendeu seu protesto após 131 dias, sob promessas de ser libertado em 14 de dezembro. Ayyad al-Harimi, de 28 anos, completou 61 dias de greve de fome e deve ser solto em março próximo, encerrado seu período atual de custódia.
Na última semana, Miqdad al-Qawasmeh e Alaa al-Arej também suspenderam sua greve de fome, após meses de protesto, sob promessas semelhantes da ocupação.
A detenção administrativa é adotada por Israel para prender palestinos por meses e mesmo anos, sem acusação ou julgamento, em violação de seus direitos ao devido processo.
Israel mantém hoje 4.650 prisioneiros palestinos, incluindo 34 mulheres, 160 crianças e ao menos 500 pessoas em detenção administrativa.