Grupos palestinos, na quinta-feira, denunciaram a visita do ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, ao Marrocos, onde assinaram acordos militares, informou a Agência de Notícias Anadolu.
Ismail Radwan, um líder proeminente do Hamas, criticou a visita e exortou os marroquinos e seus partidos “a rejeitar e condenar a visita”.
Radwan pediu que “processem Gantz e o levem ao Tribunal Penal Internacional por seus crimes de guerra e crimes contra a humanidade e contra o povo palestino”.
“A normalização, seja qual for o seu nível alcançado, não dará legitimidade à ocupação (israelense), que permanecerá o único inimigo de nossa nação (árabe)”, acrescentou.
A Frente Palestina para a Libertação da Palestina (FPLP) criticou o acordo militar entre Marrocos e Israel.
A visita de Gantz “representa a princípio um perigo direto para o irmão marroquino, depois para toda a região, especialmente para a fraterna Argélia, que é visada em sua segurança e integridade territorial”, disse o documento.
Gantz chegou ao Marrocos na noite de terça-feira para uma visita de dois dias, a primeira de um ministro da Defesa israelense ao país do norte da África. Sua visita, no entanto, atraiu críticas de associações de direitos humanos no Marrocos.
Durante a visita, o Marrocos assinou um acordo com Israel para a compra de drones israelenses e sistemas de “armas avançadas”.
Em 10 de dezembro de 2020, Israel e Marrocos anunciaram a retomada das relações diplomáticas que foram suspensas em 2002, tornando o Marrocos o quarto país árabe a normalizar as relações com Israel em 2020, depois dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão.
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