O ministro dos Assuntos de Jerusalém, Fadi Al-Hadmi, denunciou ontem que as autoridades israelenses estão trabalhando para construir mais de 17.000 unidades de assentamentos em diferentes partes de Jerusalém, relata a Agência de Notícias Anadolu.
Em um comunicado, Al-Hadmi descreveu o plano de assentamento israelense como um “tsunami louco”.
Ele disse que a aceleração na construção de assentamentos por meio de uma série de projetos elimina “qualquer possibilidade de uma solução de dois estados”.
“O governo israelense está progredindo na implementação de uma série de grandes projetos de assentamento no norte, sul e leste da cidade, com o objetivo de isolá-la completamente de seus arredores palestinos na Cisjordânia.”, afirmou o ministro.
Os projetos, disse ele, incluem um plano para construir 10 mil unidades habitacionais no terreno do Aeroporto Internacional de Jerusalém, em Qalandia, na zona norte da cidade.
As autoridades israelenses também planejam construir 3.500 unidades habitacionais na área E1 em Jerusalém oriental, 1.250 unidades no assentamento Givat Hamatos, 2.000 no assentamento French Hill e 470 no assentamento Pisgat Zeev, acrescentou.
“Desde o início deste ano, mais de 140 edifícios foram demolidos em Jerusalém”, disse Al-Hadmi, instando a comunidade internacional a “transformar suas palavras em ações e trabalhar para impedir o assentamento, anexação, demolição, deslocamento e forçado despejo da população e para salvar a solução de dois estados antes que seja tarde demais.”
LEIA: AP pede à comunidade internacional para sancionar assentamentos de Israel