A Missão de Apoio da ONU na Líbia (UNSML, na sigla original em inglês) condenou na sexta-feira, um ataque ocorrido na véspera a um tribunal de apelação na cidade de Sebha, no sudoeste, relata a Agência de Notícias Anadolu.
“Alarmada com” a missão declarou condenar veementemente qualquer forma de violência eleitoral e reiterou que o processo eleitoral deve ser protegido.
“Os ataques contra instalações judiciais ou eleitorais ou funcionários judiciais ou eleitorais não são apenas atos criminosos puníveis pela lei líbia, mas também minam o direito dos líbios de participar no processo político”, afirmou a missão.
A declaração sublinha a importância de proteger o processo eleitoral, reiterando o apelo por “eleições transparentes, justas e inclusivas” no dia 24 de Dezembro, conforme estabelecido no roteiro do Fórum de Diálogo Político da Líbia e na resolução relevante do Conselho de Segurança da ONU.
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Na quinta-feira, um grupo armado afiliado à milícia do general rebelde Khalifa Haftar invadiu o tribunal de Sebha para interromper o processo de apelação que o advogado de Saif Al-Islam Gaddafi pretende apresentar, depois de aberto o prazo para recurso dos que foram desclassificados da corrida presidencial, segundo fonte da segurança.
Quase 100 candidatos se inscreveram para concorrer à presidência nas eleições de 24 de dezembro da Líbia, incluindo Haftar, primeiro-ministro de transição, Abdul Hamid Dbeibah, e Saif Al-Islam, filho do ex-homem forte, Muammar Gaddafi, que foi desqualificado na quarta-feira por um tribunal líbio, acusado de cometer crimes de guerra.
As eleições presidenciais e parlamentares estão programadas para ocorrer sob um acordo patrocinado pela ONU alcançado por rivais políticos líbios em novembro passado.
O prazo de inscrição para os candidatos à presidência era 22 de novembro. As candidaturas para as eleições parlamentares permanecem abertas até 7 de dezembro.
Os líbios esperam que as próximas eleições ajudem a encerrar o conflito armado que assola o país rico em petróleo há anos.