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Israel reduz vendas de produtos digitais após escândalo de espionagem

Website do Grupo NSO, empresa israelense responsável por desenvolver o spyware Pegasus, em 21 de julho de 2021 [JOEL SAGET/AFP via Getty Images]
Website do Grupo NSO, empresa israelense responsável por desenvolver o spyware Pegasus, em 21 de julho de 2021 [JOEL SAGET/AFP via Getty Images]

Em meio ao escândalo global referente ao Grupo NSO, empresa responsável por desenvolver o spyware Pegasus, o Ministério da Defesa de Israel decidiu reduzir o número de países que podem comprar seus produtos digitais, reportou na quinta-feira (25) o jornal Times of Israel.

Em um relatório sobre as atualizações de novembro, o Ministério da Defesa afirmou ter reduzido o número de compradores de 102 a 37 países, conforme as informações.

Foram excluídos: Arábia Saudita, México, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, entre outros.

Segundo o documento, os países em questão estão envolvidos em violações de direitos humanos por meio de tecnologia adquirida do Grupo NSO.

A Arábia Saudita, por exemplo, é acusada de utilizar a ferramenta Pegasus para vigiar e monitorar Jamal Khashoggi, colunista do jornal The Washington Post, assassinado dentro do consulado saudita, na cidade de Istambul, em outubro de 2018.

De acordo com o Times of Israel, a Índia também é suspeita de adotar a tecnologia para atacar jornalistas, ativistas e opositores políticos; contudo, permanece na lista.

LEIA: Israel diminui venda de spyware de uso político para conter escândalo global

O Grupo NSO insiste que seu produto tem como objetivo somente auxiliar países a combater a criminalidade e o terrorismo. Não obstante, as novas regras devem impor um golpe contundente na indústria de tecnologia digital da ocupação israelense.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos recentemente sancionou o Grupo NSO, ao proibir que conduza negócios com empresas americanas, devido a acusações de “permitir governos estrangeiros a conduzir repressão transnacional”.

Na terça-feira (23), a Apple registrou um processo contra a companhia israelense, por invadir iPhones e outros aparelhos fabricados pela gigante da tecnologia.

“A fim de impedir maiores abusos e afetar os usuários, a Apple busca ainda uma injunção permanente para banir o Grupo NSO de adotar qualquer software, aparelho ou serviço de nossa empresa”, afirmou a Apple em comunicado, no qual confirmou o processo.

Em 2019, o Facebook também processou a firma israelense por atacar usuários do WhatsApp.

Neste mês, a Corte de Recursos dos Estados Unidos rejeitou uma moção do Grupo NSO para descartar o processo registrado pelo Facebook.

Nesta semana, o Times of Israel reportou dados publicados pela agência de crédito Moody’s, segundo os quais o Grupo NSO vivencia uma dívida de US$500 milhões.

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