Observar o que se passa na América Latina ajuda a perceber a contradição entre o discurso de adesão ao Direito Internacional, que reconhece o direito nacional do povo palestino, e ao mesmo tempo contribui para o aumento da presença de Israel nas questões de segurança, ajudando a financiar sua indústria de guerra, inteligência e vigilância “testada” na repressão ao povo palestino e controle de suas terras.
É sobre esta relação contraditória que o jornalista Ahmad Al Zoubi escreve, ao focar especialmente no caso brasileiro, hoje declaradamente alinhado aos interesses de Israel, mas que mesmo antes, durante os governo Lula e Dilma, favoreceu o aumento do comercio militar entre Israel e a região.
LEIA: Relações de Israel com a América Latina, breve balanço
O artigo observa uma América Latina ciosa de manifestar seu apoio às reivindicações palestinas na ONU, com o Brasil na dianteira do reconhecimento do Estado Palestino, e ao mesmo tempo distante de atitudes mais concretas, especialmente com a saída dos governos com orientação democrático popular eleitos na primeira década do milênio.
Vale a pena observar o desequilíbrio da balança comercial entre Brasil – países árabes – Israel, para perceber que a orientação política internacional alinhada com Israel está colocada acima dos interesses comerciais do país.