O movimento palestino Hamas confirmou no domingo (28) planos para processar legalmente o governo britânico, após a recente designação do grupo de resistência como “organização terrorista”, segundo informações divulgadas pela agência Anadolu.
Durante conferência online realizada pelo Centro Palestino de Estudos sobre os Refugiados, Mousa Abu Marzouk, chefe do gabinete político do Hamas, observou que o movimento trabalha ativamente com várias instituições e advogados britânicos para reverter a medida.
Marzouk reiterou que a divisão entre os palestinos não serve aos interesses do Hamas ou da luta contra a ocupação e reivindicou ações para proteger o direito de resistência.
Em seguida, exortou a Autoridade Palestina (AP) e seu partido hegemônico, Fatah, a reconciliar-se com o Hamas, com base nos interesses comuns da população.
Em nota, a Secretaria de Assuntos Internos do Reino Unido confirmou que o movimento radicado em Gaza foi incluído na lista de organizações banidas sob acusações de “terrorismo”, após uma legislação para tanto ser aprovada no parlamento, em 19 de novembro.
O comunicado enfatizou que membros do Hamas ou mesmo apoiadores podem ser condenados a até 14 anos de prisão, caso exerçam atividades do grupo em território britânico.
Londres criminalizou as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, braço armado do Hamas, em 2001.
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