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Alemanha pede prisão perpétua para ex-oficial sírio

O réu sírio Anwar Raslan, 57, chega ao tribunal em Koblenz, oeste da Alemanha, para um julgamento sem precedentes sobre tortura patrocinada pelo Estado, na Síria, em 23 de abril de 2020 [Thomas Lohnes/AFP/Getty Images]
O réu sírio Anwar Raslan, 57, chega ao tribunal em Koblenz, oeste da Alemanha, para um julgamento sem precedentes sobre tortura patrocinada pelo Estado, na Síria, em 23 de abril de 2020 [Thomas Lohnes/AFP/Getty Images]

Promotores alemães exigiram ontem a prisão perpétua para um ex-oficial do serviço de inteligência do regime sírio por “cometer crimes contra a humanidade”.

Anwar Raslan, 58, enfrenta acusações de supervisionar a morte de 58 pessoas e torturar outras 4.000 no Centro de Detenção Al-Khatib, localizado na capital síria, Damasco, durante o período entre 29 de abril de 2011 e 7 de setembro de 2012.

Ele havia solicitado asilo na Alemanha, depois de desertar do regime sírio em 2012.

A Alemanha está investigando atualmente mais de 12 casos relacionados a crimes cometidos na Síria, de acordo com a organização de direitos humanos Redress.

Milhares de refugiados sírios, incluindo vítimas e perpetradores, fugiram para a Alemanha em 2015, quando o país abriu suas fronteiras.

O diretor do Programa Internacional de Crimes e Responsabilidade do Centro Europeu de Direitos Constitucionais e Humanos, com sede em Berlim, Andreas Schüller, disse recentemente que há “muitas pessoas que estão pedindo justiça”.

Esse julgamento é considerado um precedente global para responsabilizar o regime sírio por crimes de tortura.

LEIA: Alemanha e Dinamarca repatriam dezenas de mulheres e crianças do campo da Síria

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