O promotor público de Istambul indiciou na sexta-feira 16 pessoas suspeitas de espionagem para a agência de inteligência israelense Mossad, informou o Turkish Daily Sabah.
De acordo com Arab48, o site de notícias turco informou que 15 suspeitos são palestinos, todos atualmente estão na prisão. O 16º suspeito é o cidadão árabe-israelense Ahmad Ziyad, que dirigia a rede enquanto vivia na Alemanha.
De acordo com a acusação, a rede de espionagem do Mossad consiste em cinco células isoladas. Cada um pode receber uma sentença de prisão de 20 anos se o tribunal aceitar as alegações do Ministério Público.
Segundo o diário turco, a segunda pessoa mais importante na rede é Abdul Kader Barakat, acusado de repassar dinheiro de Ziyad para os demais suspeitos.
Outros suspeitos foram citados, incluindo Abdul Rahman Nawa, que usava óculos com câmera para tirar fotos de certas pessoas conhecidas.
Mohammad Salhab também faz parte da rede e coletou informações sobre instituições de caridade turcas com conexões com ONGs palestinas.
Raed Ashour, de acordo com o Ministério Público, trabalhou como espião para o Mossad entre 1997 e a época em que foi detido.
Em outubro, o jornal noticiou que membros de uma rede de espionagem que trabalhava com o Mossad haviam sido detidos.
Israel e Turquia ainda não emitiram declarações oficiais sobre o assunto.
Quando questionado pelo Canal 12 de Israel se a Turquia havia exagerado a questão, o ex-chefe adjunto do Mossad e atual parlamentar Ram Ben-Barak respondeu: “Sim”.
Ele disse que não explicaria como o Mossad funciona, mas insistiu: “A questão deve receber uma importância proporcional ao seu tamanho”.
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