O Egito assinou uma aliança com várias empresas americanas no valor de US$ 19 bilhões para desenvolver o Complexo Tahrir localizado no centro do Cairo.
O Complexo Tahrir, também conhecido como Mogamma, costumava ser um prédio administrativo do governo no qual as pessoas iam para renovar seus vistos, obter sua carteira de habilitação ou processar documentos.
O prédio de 14 andares já abrigou 30.000 funcionários do governo, tinha 1.350 quartos e milhares de cidadãos passavam por suas portas todos os dias.
Entre as empresas que ganharam o contrato estão Global Ventures Group, Oxford Capital Group e Al Otaiba Investment Company. O Complexo Tahrir parece destinado a se tornar um hotel, apartamentos, escritórios ou restaurantes.
O ministro do Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Egito, Hala Al-Saeed, disse que a aliança superou as principais entidades locais e internacionais que buscam entrar no mercado egípcio pela primeira vez.
O Egito tem feito esforços consideráveis para atrair investimento estrangeiro nos últimos anos.
Em abril, o governo egípcio negou relatos de que o Fundo Soberano, dono do edifício Mogamma, venderia o complexo estatal para investidores estrangeiros ou egípcios e que estava procurando parceria com incorporadores e investidores para financiar a reforma.
O Egito está em processo de desenvolvimento de uma nova capital de US$ 45 bilhões na periferia do Cairo, que tem sido apontada como uma solução para a superlotação. Também foi fortemente criticado como um projeto de vaidade sendo construído a um custo exorbitante, enquanto tantos egípcios vivem na pobreza.
A Nova Capital Administrativa está programada para ser inaugurada em dezembro e, enquanto isso, planos estão em andamento para renovar o centro do Cairo.
O Fundo Soberano está desenvolvendo a sede do antigo Partido Nacional Democrata e os antigos edifícios do Ministério do Interior no centro da cidade.
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