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Crianças estão entre feridos em ataque com míssil em local administrado pela ONU no Iêmen

Crianças que foram deslocadas devido à guerra em curso ficam ao lado de tendas em um campo de deslocados internos, em 21 de fevereiro de 2021, nos arredores de Sanaa, no Iêmen [Mohammed Hamoud/Getty Images]
Crianças que foram deslocadas devido à guerra em curso ficam ao lado de tendas em um campo de deslocados internos, em 21 de fevereiro de 2021, nos arredores de Sanaa, no Iêmen [Mohammed Hamoud/Getty Images]

Quatro crianças e uma mulher ficaram feridas em um ataque ao amanhecer contra um campo para deslocados internos administrado pela ONU no distrito de Ma’rib Al-Wadi, no Iêmen, disse a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na quinta-feira, conforme relatou a Agência Anadolu.

A OIM exortou urgentemente todas as partes no conflito a respeitarem o Direito Internacional Humanitário e a protegerem a vida dos civis.

“Famílias fugiram para salvar suas vidas e vieram a este local em busca de segurança contra as hostilidades em curso. Os civis nunca deveriam ser um alvo”, disse a chefe da missão da OIM no Iêmen, Christa Rottensteiner.

Os feridos, um dos quais em estado crítico, foram levados a um hospital próximo para tratamento.

LEIA: 75% das crianças iemenitas sofrem de desnutrição aguda, diz OMS

A OIM disse que suas equipes estão garantindo que a família afetada receba cuidados médicos e outros tipos de assistência urgentes.

O local de deslocamento de Al-Hamma abriga cerca de 250 famílias compostas de cerca de 1.500 pessoas.

A OIM disse que fornece abrigo, itens essenciais de socorro, água, saneamento e serviços de higiene desde 2019.

Nenhum funcionário da OIM ficou ferido no ataque.

O Iêmen foi engolfado pela violência e instabilidade desde 2014, quando rebeldes houthis alinhados com o Irã tomaram grande parte do país, incluindo Sana’a.

Uma coalizão liderada pelos sauditas com o objetivo de restabelecer o governo iemenita piorou a situação, causando uma das piores crises humanitárias do mundo.

Quase 80 por cento da população, ou cerca de 30 milhões, precisam de assistência humanitária e proteção, e mais de 13 milhões de pessoas estão em perigo de fome, de acordo com estimativas da ONU.

Um relatório recente da ONU projetou que, até o final do ano, o número de mortos no conflito iemenita de sete anos chegará a 377.000.

LEIA: Quem está lutando na guerra do Iêmen?

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